Semana da conscientização Étnico-racial da UNIFEBE
28.11.2023
Os fragmentos da história da presença afrodescendente no Vale do Itajaí-Mirim estão expostos no átrio do Bloco A do Centro Universitário de Brusque. A exposição, de curadoria do pesquisador e escritor Celso Deucher, marca a programação da Semana de Conscientização Étnico-racial, promovida anualmente pela instituição.
Nos quadros é possível observar fotos e um breve histórico de várias famílias descendentes de africanos que chegaram na região do Vale do Itajaí-Mirim, no século XVIII, antes mesmo do início da imigração alemã. Muitos deles escravos que haviam fugido de Desterrro, atual Florianópolis. Outros, chamados de ajustados, termo utilizado na região para os afrodescendentes que trabalhavam para os senhores de engenho, como o próprio Pedro Werner, considerado o primeiro a ter ajustados em Brusque.
“A história oficial nem sempre privilegiou essas minorias e a participação cultural, social e econômica para o desenvolvimento da cidade. A ideia dessa pesquisa, que iniciei em 2008, é de realmente trazer à tona quem foram esses descendentes, de que família eles são, para que toda a população conheça essas pessoas que hoje formam a sociedade de Brusque como um todo. A universidade é o espaço para difundir esse conhecimento e de valorizar essas minorias quem tanto contribuíram para que nos tornássemos o que somos hoje”, enaltece Celso.
A Semana
Evento consolidado no calendário acadêmico da UNIFEBE, a Semana de Conscientização Étnico-racial ressalta a importância de temáticas abordadas em componentes curriculares institucionais, como o de Cultura e Cidadania.
Para celebrar o Dia da Consciência Negra, comemorado no Brasil no dia 20 de novembro, os acadêmicos dos cursos de Graduação elaboraram materiais e compartilharam em suas redes sociais e nas redes sociais da UNIFEBE. Voltados à reflexão e conscientização, os estudantes criaram stories com imagens e frases de efeito.
“O objetivo principal dessas ações é de fazer com que toda comunidade acadêmica reflita acerca dos temas considerados transversais, como as questões étnico-raciais, os direitos humanos e a cultura. Por entender que eles estão presentes em todas as áreas, independente do curso, trabalhamos nos componentes curriculares institucionais, para que o aluno tenha o conhecimento desse todo que envolve a diversidade cultural no nosso país”, elucida a pró-reitora de Pós-Graduação, Pesquisa e Cultura da UNIFEBE, professora Edineia Pereira da Silva.
A exposição “A presença afrodescendente no Vale do Itajaí-Mirim”, é aberta à comunidade em geral e ficará disponível até quinta-feira, dia 30 de novembro.