Unesc inaugura o espaço Sankofa Vani Anacleto, em homenagem à primeira professora negra.
23.05.2023
Professores, familiares, convidados e acadêmicos participaram de mais um momento marcante na história da Unesc: a inauguração do espaço Sankofa Vani Anacleto, dedicado à primeira professora negra a lecionar na instituição.
Agora, a imagem de Vani Anacleto, que representa tanto para a Universidade, está imortalizada em uma vibrante obra de arte que decora uma das paredes do Bloco Administrativo da Unesc. Emocionada, Vani expressou sua gratidão pelo carinho recebido durante a cerimônia.
“Diariamente, muitas histórias são construídas, e somente eu sei o quão verdadeiro isso é. Tive a sorte de encontrar pessoas maravilhosas em minha jornada. Sou imensamente grata por isso. Aquilo que desejei, Deus colocou em meu caminho, e muitas pessoas fizeram parte dessa caminhada. Fiquei extremamente feliz e emocionada ao me ver refletida. Vi minha história se desenrolar diante dos meus olhos. É uma alegria e emoção indescritíveis”, comentou Vani.
O espaço Sankofa é um símbolo poderoso que lembra a importância de reconhecer a história afro-americana e afro-brasileira e representa a necessidade de olhar para o passado, aprender com os erros cometidos e ressignificar o presente, construindo um futuro mais inclusivo e igualitário.
“Este espaço representa o compromisso da nossa Universidade com a diversidade, representatividade e valorização da cultura negra. Vani é uma mulher negra que abriu caminho para tantas outras nesta Universidade, e sua imagem é um ato educativo e de resistência”, reforçou a reitora Luciane Bisognin Ceretta, pouco antes do ato de descerramento da placa.
“Por meio da homenagem, prestamos honras à trajetória e ao legado da professora Vani, uma mulher inspiradora que quebrou barreiras e deixou uma marca valiosa na Instituição. Seu pioneirismo e dedicação são exemplos para todos nós. Vani foi a primeira professora negra da Instituição, possui um sorriso incrível e uma história maravilhosa, que educou tantos, que foi mãe de dois por escolha e mãe de muitos outros por oportunidade e convivência”, completou Luciane.
A pró-reitora de Pesquisa, Pós-graduação, Inovação e Extensão da Unesc, Gisele Coelho Lopes, ressaltou a importância da localização da parede em frente à Clínica de Direitos Humanos da instituição. Ela enfatizou que as histórias contadas hoje são resultado do trabalho conjunto de diferentes setores, incluindo pró-reitorias e diretorias, que examinam e representam nossas políticas por meio de suas palavras, práticas e ações.
Gisele expressou gratidão pela contribuição da professora e elogiou o legado, afirmando que essa obra proporcionará memórias preciosas. “Quando plantamos boas sementes, colhemos frutos maravilhosos”, destacou.
A coordenadora do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (Neabi), Normélia Ondina Lalau de Farias, considerou o retrato da primeira professora negra da Universidade como uma inspiração para as próximas gerações de educadores e estudantes. Ela destacou que a homenagem é dedicada a uma mulher negra que abriu caminhos, e expressou o desejo de que a união e a representatividade simbolizadas pela parede sejam evidentes na Instituição.
Normélia enfatizou que a Universidade é um espaço onde sonhos podem ser realizados e agradeceu à reitoria por proporcionar essa oportunidade. Ela ressaltou a importância de concentrar-se em garantir que essa conquista seja duradoura, enfatizando que esse movimento envolve a todos.
“Se Vani superou as dificuldades do passado para estar presente, formar-se e tornar-se professora, outros também poderão ir além. Aqueles que entrarem pelo portão número um não poderão deixar de se emocionar com essa homenagem”, ressaltou.